A única sexta-feira 13 de 2025 terá programação especial no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. O evento, tradicional na cidade, retorna com uma proposta ousada. Desta vez, a maratona mergulha no universo cinematográfico de Gregg Araki, diretor que marcou o New Queer Cinema com filmes provocativos, visuais intensos e temas sensíveis. O MIS realiza a mostra em parceria com o Cine Phenomena. Juntos, os curadores escolhem três longas do cineasta e um curta nacional surpresa para compor a noite.
Gregg Araki e o terror fora dos padrões
O evento da sexta-feira 13 não se prende ao terror convencional. Gregg Araki trabalha o horror existencial e social com intensidade. Seus filmes tratam de juventude, sexualidade, violência e delírio com uma linguagem única.
A maratona começa às 23h30 com um curta queer brasileiro ainda não revelado. Logo depois, o filme Nowhere inicia a sequência de obras restauradas de Araki. A história acompanha jovens de Los Angeles em meio a festas, desejos e uma suposta invasão alienígena. A sessão seguinte exibe Mysterious Skin, que trata do trauma infantil por meio de duas narrativas paralelas. Por fim, The Doom Generation fecha a madrugada com um road movie violento e psicodélico, embalado por trilhas grunge e diálogos afiados.
Uma vivência coletiva
Contudo, a sexta-feira 13 do MIS vai além da tela. Durante os intervalos, o público participa de sorteios e ouve discotecagens temáticas. A ambientação e os brindes reforçam a proposta sensorial do evento, que busca envolver os sentidos e as memórias dos espectadores. Sendo assim, o museu transforma a madrugada em uma experiência coletiva de fruição estética, provocação e pertencimento.
Edição com foco em liberdade e identidade
A escolha de Araki não é aleatória. O diretor propõe um cinema que escapa de rótulos. Ele cruza desejo, dor e liberdade em narrativas viscerais. Portanto, a sexta-feira 13 de 2025 afirma um compromisso do MIS com a diversidade artística e afetiva. Nesse sentido, a curadoria homenageia o cinema queer sem reduzir sua potência à representação. A mostra convida o público a se perder nos excessos e ambiguidades da juventude. Terror, identidade e cinema se unem em uma noite que desafia limites e provoca o olhar.