A partir de quinta-feira, 20 de fevereiro, sessões de Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, serão exibidas em 25 CEUs (Centros Educacionais Unificados) de São Paulo. Essa ação é uma iniciativa da Spcine, com o objetivo de levar cinema de qualidade para regiões históricas e carentes de equipamentos culturais. Assim, a entrada será gratuita, permitindo que mais pessoas acessem a cultura.
Sessões de “Ainda Estou Aqui” ampliam acesso à cultura
A exibição do filme nos CEUs permitirá que moradores de áreas periféricas assistam a uma obra de grande relevância social e cultural. Além dos 25 CEUs, Ainda Estou Aqui será projetado em outros espaços culturais de São Paulo, como o Centro Cultural São Paulo (CCSP) e o Centro Cultural Olido. No CCSP, por exemplo, a entrada será a preços acessíveis: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). Por isso, é uma excelente oportunidade para quem busca cultura de baixo custo.
As datas e horários das sessões de Ainda Estou Aqui podem ser consultados nas redes sociais da Spcine e no site oficial do circuito.
Um filme sobre resistência e superação
Ainda Estou Aqui se passa no Brasil da década de 1970, durante o período da ditadura militar. Baseado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva, o longa retrata a luta de uma família diante da repressão. A protagonista, Eunice Paiva, vivida por Fernanda Torres, enfrenta a dor de perder um ente querido para a violência do regime. Além disso, o filme aborda temas de resistência e opressão, aspectos marcantes da história do país. Nesse sentido, a interpretação de Fernanda Torres alcançou enorme reconhecimento, resultando em indicações ao Oscar e ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
Uma iniciativa de inclusão cultural
Sem dúvidas, a iniciativa de exibir Ainda Estou Aqui nos CEUs tem como objetivo ampliar o acesso da população à cultura. Emiliano Zapata, diretor de Inovações e Políticas Audiovisuais da Spcine, destacou a importância dessa ação. “É essencial que as pessoas desses territórios tenham a oportunidade de ver um filme que o Brasil inteiro está acompanhando”, afirmou Zapata.
Anteriormente, em janeiro, a Spcine organizou uma exibição gratuita do filme no Jardim Suspenso do CCSP, onde a demanda foi alta. Mais de 500 pessoas tentaram garantir uma das 150 vagas disponíveis. Assim, fica claro que o interesse pelo filme é significativo, e essa nova rodada de exibições nos CEUs representa uma oportunidade única de acesso para muitas pessoas.
Portanto, Ainda Estou Aqui proporciona reflexão sobre um período histórico marcado pela repressão e violência. Representa, ainda, uma chance de revisitar a memória coletiva do Brasil e pensar sobre os desafios da ditadura militar e suas repercussões na sociedade atual.